sábado, 16 de julho de 2016

OS ATORES DO SISTEMA INTERNACIONAL




OS ATORES DO SISTEMA INTERNACIONAL
No sistema internacional circulam dois tipos de atores: os estatais e os não estatais. Os estatais, obviamente, referem-se aos próprios Estados, já os não estatais estão divididos em  Organizações Internacionais Governamentais (OIGs) e Forças Transnacionais (FTs).
 O Estado quando surgiu no século XVII, com a assinatura do Tratado de Vestfália[1], em 1648, estabeleceu os seus princípios clássicos de soberania e autonomia[2]. Até meados do século XX, os Estados eram praticamente os únicos agentes internacionais. Em outras palavras, o Sistema Internacional clássico estava marcado por uma dimensão interestatal da Política Internacional. Neste Sistema de Estados a centralização e a secularização do poder eram as principais marcas do poder político. Sob esta perspectiva, o Sistema Internacional estava formado por Estados soberanos.
Atualmente, os Estados não são mais os únicos atores das Relações Internacionais. Outros atores não estatais do SI são as OIGs e as FTs.
As Organizações Internacionais Governamentais (OIGs), também chamadas de intergovernamentais, passaram a ter importância no Sistema Internacional (SI), sobretudo no pós II Guerra Mundial (1939-1945), quando passaram a promover a aproximação pacífica e a articular o processo de cooperação entre os Estados. As Organizações Internacionais Governamentais (OIGs) emergiram no Sistema Internacional como atores importantes da negociação diplomática, como mediadoras das relações entre os Estados.
Quando os Estados se comprometem com as OIGs, concordam também em abrir mão de parte de suas soberanias para respeitar a Carta ou Tratado estabelecidos por estas instituições. Fatalmente, as OIGs passaram a ter maior autonomia para desempenhar  um papel estratégico como fórum de negociações e tomadas de decisões na resolução de conflitos.
 Por fim, os atores ou Forças Transnacionais (FTs) atuam no Sistema internacional como um ente capaz de estabelecer fluxos ou relações em nível internacional. Em outras palavras, as Forças Transnacionais representam diferentes fluxos privados que podem afetar a política dos Estados. Compõem as Forças Transnacionais: empresas multinacionais, ONGs, grupos organizados da Sociedade Civil e a própria opinião pública internacional.


Recomendação de Leitura:  Mônica Herz &Andrea Ribeiro Hoffmann- Organizações Internacionais- História e Práticas.. Rio de Janeiro, Elsevier, 2004
Sobre a Teoria das  Relações Internacionais, assistir o criativo trabalho de alunos de graduação em Relações Internacionais da Unesp (publicado em maio de 2014). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=dSjm8PQe9Vk





[1] Para as Relações Internacionais, o marco da ascensão e afirmação do Estado foi a assinatura do Tratado de Vestfália em 1648, assinado no fim da Guerra dos Trinta Anos.
[2] O Tratado de Vestfália consolidou o princípio básico do Estado em termos da  afirmação de sua soberania política em um determinado território . De acordo com o Tratado o reconhecimento dos demais Estados 

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