

OS ATORES DO SISTEMA INTERNACIONAL
No sistema
internacional circulam dois tipos de atores: os estatais e os não estatais. Os
estatais, obviamente, referem-se aos próprios Estados, já os não estatais estão
divididos em Organizações Internacionais Governamentais (OIGs) e Forças Transnacionais (FTs).
O Estado quando surgiu no século XVII, com a
assinatura do Tratado de Vestfália[1],
em 1648, estabeleceu os seus princípios clássicos de soberania e autonomia[2].
Até meados do século XX, os Estados eram praticamente os únicos agentes
internacionais. Em outras palavras, o Sistema Internacional clássico estava marcado
por uma dimensão interestatal da
Política Internacional. Neste Sistema de Estados a centralização e a secularização
do poder eram as principais marcas do poder político. Sob esta perspectiva,
o Sistema Internacional estava formado por Estados soberanos.
Atualmente, os
Estados não são mais os únicos atores das Relações Internacionais. Outros
atores não estatais do SI são as OIGs e as FTs.
As Organizações
Internacionais Governamentais (OIGs), também chamadas de intergovernamentais, passaram a ter importância no Sistema
Internacional (SI), sobretudo no pós II Guerra Mundial (1939-1945), quando passaram
a promover a aproximação pacífica e a articular o processo de cooperação entre
os Estados. As Organizações Internacionais Governamentais (OIGs) emergiram no
Sistema Internacional como atores importantes da negociação diplomática, como
mediadoras das relações entre os Estados.
Quando os
Estados se comprometem com as OIGs, concordam também em abrir mão de parte de
suas soberanias para respeitar a Carta ou Tratado estabelecidos por estas instituições.
Fatalmente, as OIGs passaram a ter maior autonomia para desempenhar um papel estratégico como fórum de negociações
e tomadas de decisões na resolução de conflitos.
Por fim, os atores ou Forças Transnacionais
(FTs) atuam no Sistema internacional como um ente capaz de estabelecer fluxos
ou relações em nível internacional. Em outras palavras, as Forças
Transnacionais representam diferentes fluxos privados que podem afetar a
política dos Estados. Compõem as Forças Transnacionais: empresas
multinacionais, ONGs, grupos organizados da Sociedade Civil e a própria opinião
pública internacional.
Recomendação
de Leitura: Mônica Herz &Andrea Ribeiro Hoffmann- Organizações Internacionais- História e Práticas.. Rio de Janeiro, Elsevier, 2004
Sobre a Teoria
das Relações Internacionais, assistir o
criativo trabalho de alunos de graduação em Relações Internacionais da Unesp
(publicado em maio de 2014). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=dSjm8PQe9Vk
[1]
Para as Relações Internacionais, o marco da ascensão e afirmação do Estado foi
a assinatura do Tratado de Vestfália em 1648, assinado no fim da Guerra dos
Trinta Anos.
[2]
O Tratado de Vestfália consolidou o princípio básico do Estado em termos
da afirmação de sua soberania política
em um determinado território . De acordo com o Tratado o reconhecimento dos
demais Estados